“(...) we therefore commit this body to the ground, earth to earth,
ashes to ashes, dust to dust;”
Com o objetivo de perceber se uma narrativa participativa poderá contribuir para uma divulgação ética do arquivo colonial, estas fotografias, impressas e digitalizadas, voltaram ao seu local de origem em dezembro de 2021. O símbolo fotográfico foi devolvido ao seu contexto original, num ato gratuito de apropriação pela terra do corpo fotografado, possível pela (re)apropriação da fotografia. Os
retratos fazem parte da coleção fotográfica da Missão Antropológica e
Etnográfica na Guiné-Bissau 1946-47, pertencente ao período colonial português,
chefiada por Amílcar Mateus, encontrando-se atualmente no Arquivo Histórico
Ultramarino e objeto de investigação no âmbito da minha tese de Doutoramento,
integrado no projeto “O Impulso Fotográfico:
Medindo as Colónias e os Corpos Colonizados. O Arquivo Fotográfico e Fílmico
das Missões Portuguesas de Geografia e Antropologia.”
Trabalho desenvolvido no Memorial da Escravatura e do Tráfico Negreiro, Cacheu, Guiné-Bissau