Talvez. Talvez é a minha palavra favorita. Desperta em mim alguma incerteza e, se não é tudo feito dela, pelo menos nesta etapa tudo me parece indefinido.
Com bordas cosidas pelo mar, a Madeira é a minha eterna casa, o que, na mais tenra idade, se tangia de claustrofobia, por sempre achar que o mundo estava lá fora. Mais tarde percebi que esse mundo está em qualquer terra que se pise. Não consigo datar quando decidi ser jornalista, mas (talvez) essa busca pelo "lá fora" fosse o culminar da procura.
Todavia, recordo-me bem dos motivos que me fizeram sê-lo: a paixão pela escrita, carregada sempre do receio do poder de cada palavra, e a desconstrução de uma sociedade que tem tanto para e por dizer.